O atual secret?rio-geral do PSDB-SP, Cesar Gontijo, que ? apoiado pelo deputado federal Jos? Anibal, n?o aceitou abrir m?o da cadeira para acomodar o deputado federal Vaz de lima, que ? aliado do ex-governador Jos? Serra.
Os tucanos s? concordaram na indica??o do deputado estadual Pedro Tobias para presidir o diret?rio. Com isso, a reuni?o realizada neste s?bado na Assembleia Legislativa paulista foi encerrada antes do previsto, e a decis?o final, adiada para quinta.
Serra e Alckmin
Sem sintonia, o governador Geraldo Alckmin e o candidato derrotado ? Presid?ncia Jos? Serra discursaram no evento e deixaram o local antes do fim das negocia??es pelos cargos de dire??o. Enquanto Jos? Serra preferiu admitir a crise que o partido atravessa, inclusive "em n?vel federal", cobrando unidade, Geraldo Alckmin preferiu dizer que "h? fragmenta??es", mas que culp?-lo por isso ? "maquiavelismo".
"Existe uma crise no PSDB, por que negar? Mas o que querem de n?s, at? o eleitor do PT, ? que saibamos fazer oposi??o. O problema n?o ? divis?o no partido, mas honrar os votos que recebemos. O maior risco que as oposi??es correm ? perder tempo com disputas fantasmas. Cad? o PSDB, como um todo, defendendo suas ideias?", disse Serra.
Ele minimizou a sa?da de seis vereadores do partido na capital paulista. "Foi um epis?dio localizado o encaminhamento dessas pessoas no diretorio da capital. ? normal na vida partid?ria que existam desentendimentos e desenlaces desse tipo."
Serra ainda completou dizendo que as fofocas desanimam a milit?ncia. "A l?gica do fuxico, das intrigas, desanimam quem votou em n?s, enfraquecem o ideal", declarou.
Sem citar nomes, o governador de S?o Paulo, Geraldo Alckmin alfinetou o prefeito da capital paulista, Gilberto Kassab, dizendo que a "prolifera??o de partidos" e a "proximidade com as benesses dos governos" ? prejudicial.
Alckmin chamou as divis?es dentro do partido de "fragmenta??es", desmentindo o colega. "N?o h? crise no PSDB, o que existe ? o PSDB resistindo. Eu sinto ? ?nimo do PSDB!", declarou.
O governador de S?o Paulo aproveitou para dizer que ? "inacredit?vel" responsabiliz?-lo pelo mal estar entre seus apoiadores e os de Serra. "? inacredit?vel, ? maquiavelismo de quem quer abalar as oposi??es", disse, para ent?o criticar veladamente um aliado de Serra, Kassab. "De Gaulle dizia que a Fran?a era dif?cil de governar pela quantidade de partidos que era t?o grande quanto a quantidade de queijos", disse.
O ponto em que os dois caciques foram convergentes foi quanto ? necessidade de manter o ideal da sigla e de defender o voto distrital. Dentro da entrat?gia de for?ar uma aproxima??o, eles trocaram afagos no palanque. "S? quero que o governo do Alckmin d? certo, n?o porque eu goste do Geraldo, e eu gosto dele, mas por S?o Paulo", afirmou. Alckmin instou o partido a combater o que chamou de fofocas. "Falou mal do Serra, falou mal de mim", disse.
Fus?o
De acordo com o portal R7, alguns dos maiores caciques do PSDB de S?o Paulo admitiram a possibilidade do partido se fundir ao DEM, pelo menos depois das elei??es municipais de 2012. O ?nico a descartar foi Serra.
O primeiro a falar sobre o tema foi o ex-governador de S?o Paulo Alberto Goldman (PSDB), que chegou a comparar a funda??o do PSD (do prefeito de S?o Paulo, Gilberto Kassab) com a do PSDB, partido que se originou do PMDB em 1988. Ele disse que “em toda hist?ria de partido h? grupos insatisfeitos”.
Sobre a fus?o com o DEM, ele disse que “n?o ? nada para agora, isso seria uma hip?tese que n?o ? apropriada para ser discutida nas elei??es municipais”. “Depois das elei??es municipais, sim (...) A conjuntura econ?mica, pol?tica do pais levar a isso (...) Mas agora est? fora da nossa pauta”, disse.
Outro que n?o descartou a possibilidade foi o senador paulista Aloysio Nunes, para quem a jun??o pode mesmo a ocorrer, mas “n?o a curto prazo”. Foi o mesmo que disse o deputado federal Jos? Anibal, que negou a fus?o imediata entre os dois partidos, mas admitiu essa possibilidade para depois das elei??es de 2012. “Ai ser? uma nova realidade. Mas essa ideia ? muito associada ao enfraquecimento da oposi??o, e n?s n?o estamos fracos.
Alian?a com PSD
Apesar das cr?ticas veladas de Alckmin, durante o evento, alguns tucanos defenderam uma alin?a do PSDB com o rec?m-criado PSD. O senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) foi um dos que pautaram a aproxima??o com o partido do prefeito Gilberto Kassab, nas elei??es municipais de 2012.
O tucano disse considerar a nova sigla uma aliada, apesar da aproxima??o entre Kassab e a presidente Dilma Rousseff."Eu n?o considero o PSD nosso advers?rio. Fundamento ? do nosso campo", afirmou o senador.
O l?der do PSDB no Senado, Alvaro Dias (PR), tamb?m avaliou como poss?vel a alian?a para as elei??es gerais de 2014. O senador ponderou, contudo, que antes ? necess?rio aguardar uma melhor defini??o dos rumos da nova sigla. "Uma aproxima??o eleitoral ? poss?vel", disse o tucano, ao chegar para a conven??o estadual. "N?s n?o sabemos que partido ser? o PSD, se ser? oposi??o ou governo."
Apesar do aceno, Alvaro Dias criticou a cria??o da nova sigla. "Eu n?o vejo que o PSD seja uma li??o em mat?ria de identidade program?tica", disse. "O Brasil n?o precisa de novos partidos e de novas siglas. O Brasil n?o precisa de siglas, porque j? tem siglas demais."
Kassab fala em "independ?ncia"
Longe da conven??o, Kassab afirmou, neste s?bado, em Teresina, onde esteve para fundar o PSD no Piau?, que o seu partido adotar? uma linha de independ?ncia pol?tica pela miscigena??o e o n?mero de adesistas.
"Vamos conviver com uma transi??o, aqueles que apoiaram a presidenta Dilma continuam. Aqueles que n?o apoiaram ter?o liberdade para dar apoio em alguns momentos ou n?o dar apoio, de acordo com sua convic??es", afirmou Kassab, ainda numa linha liberal.
Para ele, "a prioridade zero ? fundar o partido e depois disputar as elei??es em 2012. (…) O partido ? independente pela peculiaridade da sua forma??o. No ano seguinte ?s elei??es presidenciais, n?o tem sentido um partido nascer com uma vis?o de trazer incoer?ncia com seus membros. No Piau?, por exemplo, uns membros tiveram conduta na elei??o presidencial e outros membros outra conduta. Ent?o vamos conviver com esta transi??o. Cada um segue as suas convic??es", acrescentou.
Com ag?ncias